domingo, 5 de setembro de 2010

..O perigo é a gente transformar pobreza em folclore ou em gênero cultural, naturalizar isso, achar que "puxa, é legal ser pobre". Aceitar essa domesticação do racismo, do preconceito, da desigualdade e criar o pobre criativo e feliz, mas fora da universidade, sem disputar emprego com os garotos de classe média. Enfim, o pobre "limpinho" do discurso higienista, pronto para consumo, sem um sobressalto ético, sem perceber a violência física e simbólica a qual esses jovens são submetidos.
Ivana Bentes..pesquisadora

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