quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A descolonização da Africa

A chamada "descolonização" de 17 países do continente africano, 14 deles ex-colônias francesas, completa 50 anos em 2010. As atuais gerências destas nações – muitas delas com fronteiras definidas na partilha feita entre as metrópoles em meados do século XIX, na Conferência de Berlim – planejam festas dantescas e dispendiosas para celebrar o suposto encerramento do ciclo de colonialismo europeu.

O cinquentenário da "descolonização" da África é de fato uma data que precisa ser lembrada junto às massas de todo o mundo e avivada junto aos povos africanos em especial, mas por motivos diversos daqueles corneteados por estes chefes festeiros, em cujo turno calhou de caírem as bodas de ouro do que chamam demagogicamente de "fim do jugo" das potências europeias.

Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que os falsários que ora organizam os festejos da "descolonização" são os mesmos que seguem garantindo aos monopólios o pronto atendimento aos seus interesses nas nações africanas que esses traidores dos seus povos gerenciam a soldo para o imperialismo.

Em segundo lugar, o que se chama genérica e equivocadamente de "descolonização" da África consistiu na verdade em um amplo e negociado processo de transferência da administração da rapina estrangeira no continente, que deixou de ser feita diretamente pelos governadores nomeados sobretudo desde Paris e Londres e foi repassada para serviçais da Repartição da África recrutados entre as classes dominantes vende-pátrias locais. Trocando em miúdos, a tal "conquista da independência política" dos territórios africanos demarcados pelas potências da Europa nada mais foi do que o seu rito de passagem da condição de colônias de fato, ou "estados associados" como preferiam os messieurs que comandavam o império colonial francês, para a condição de semicolônias, não obstante os anseios e as lutas por liberdade nascidos no seio dos povos africanos.

Por fim, esta passagem de bastão do colonizador opressor para o nativo camarada da metrópole não se traduziu em qualquer abrandamento do domínio estrangeiro sobre os povos e os recursos da África, ou em qualquer melhoria das condições de vida das massas africanas vilipendiadas. Ao contrário...

Fome!!

Como todos sab
em, a África é o continente com a maior quantidade pe pessoas abaixo da linha da miséria. Vivem na subsistência dependendo da doação de países e organizações mundiais. Serra Leoa ainda é o país com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) mais baixo do mundo.

Com países desenvolvidos e ricos fazendo tantas guerras por aí, será que nunca passou pela cabeça de sua população e/ou governantes, que seria melhor gastar trilhões para acabar com a fome no mundo que com bombas
nucleares para acabar de vez com o planeta? Parece que os presidentes dos países ricos têm os olhos voltados para dentro, estão cegos por fora, só enxergam seus problemas, e que muitas vezes não são problemas, somente mesquinharia e ganância. Até quando trocaremos pratos de comida por pilhas de mortos? Até quando?

Mamá...por Biofa

Mamá era desses sujeitos reconhecidos pelas mulheres como o “verdadeiro cachorro”. Desde sua adolescência já se mostrava um grande galanteador e bastante avesso a monogamia, dessa forma, já aos 17 anos foi tratando de ser pai pela primeira vez. Tua mãe, reconhecida mãe de santo do bairro onde moravam, não via com bons olhos a atitude do filho e sempre que podia dava conselhos pra ele.

- Mamá, deixa essa vida homem de Deus, para de enganar essas pobres meninas meu filho!

Mamá ria e dizia pra mãe:

- não da nada coroa, Deus cria, se ele não criar, teus orixás criam

Dizia isso e sempre dava uma gargalhada, essa gargalhada sua mãe dizia que era os exus que tavam tomando conta do seu menino. Mas mesmo assim, ela tentava convencer o filho a parar com essa atitude, e dizia pra ele respeitar mais os orixás. Nada adiantava.

Com 19 anos Mamá já tinha 4 filhos, cada 1 de uma mulher diferente. Ele não usava camisinha e também não tinha medo de doença nenhuma, quando tua Mãe o reprimia ele sempre afirmava:

- Mãe, comigo é só no pelo, esse lance de AIDS e doenças e tal, comigo não pega, do uma lavada federal na máquina logo depois do uso e ta tudo certo

Dizia isso e sempre no final da frase vinha à famosa gargalhada de Mamá. Sua mãe já não sabia o que fazer.De tempos e tempos sempre aparecia uma menina no portão de casa dizendo q tinha assuntos a tratar, ela já sabia do que se tratava... Cansada dessa realidade ela resolveu ter uma conversa séria com Mamá.

- Filho de Deus, não aguento mais essa vida, você sóta fazendo coisas erradas, ficar colocando filhos assim no mundo sem estrutura, sem pensar, isso não é certo, uma hora você vai encontrar alguém que faça que tu pague esses teus pecados, já desfiz vários trabalhos que fizeram pra ti, mas meus orixás resolveram te abandonar, daqui pra frente não farei nenhum trabalho pra tentar conter os trabalhos que vierem a fazer contra você.

Mamá ria...

Um belo dia, Mamá acordou pela manha e notou que sua voz estava meio afinada, não deu muita atenção pro fato, achava que era conseqüência das cervejas que tinha tomado no dia anterior. No outro dia, nada da voz melhorar, pra piorar, a voz tinha ficado mais fina ainda, ele mal conversava com as pessoas na rua. No terceiro dia foi pior, ele noto que seu pênis começou a diminur de tamanho, preocupado, foi ao médico. O médico examinou e não constatou nada de anormal. Foi então falar com a mãe, a mãe consultou os búzios e afirmou o que ele temia. Tinham feito um trabalho bem forte pra ele, alguma mulher que ele havia maltratado...

Mamá desespero, pediu ajuda da mãe, essa disse que os orixás nada podiam fazer, ele deveria ir atrás das mulheres que ele havia “abusado “e se retratar com todas, esse era o recado dos orixás. Mas Mamá não ia se rebaixar desse jeito.

- nem fodendo mãe, não vo procurar puta nenhuma, vo ficar de boa e esses efeitos vão passar.

No fim do primeiro mês, Mamá já estava com uma voz afeminada, os pelos do corpo tinham caído e pior, teu pênis diminui tanto que agora se assemelhava mais a um clitóris e como se não bastasse, começava a surgir uma fenda entre o saco e a base do antigo pênis, sim, Mamá ganhava uma vagina.

Desolado da vida, Mamá passou a se trancar em casa e nunca mais saiu na rua, chorava e lamentava o que havia feito no passado remoto.

"ELA" de Machado de Assis


e para completar a matéria anterior segue o poema "ela" de Machado de Assis publicado quando ele ainda tinha 16 anos em 12 de janeiro de 1855.!
ELA

Seus olhos que brilham tanto,
Que prendem tão doce encanto,
Que prendem um casto amor
Onde com rara beleza,
Se esmerou a natureza
Com meiguice e com primor

Suas faces purpurinas
De rubras cores divinas
De mago brilho e condão;
Meigas faces que harmonia
Inspira em doce poesia
Ao meu terno coração!

Sua boca meiga e breve,
Onde um sorriso de leve
Com doçura se desliza,
Ornando purpúrea cor,
Celestes lábios de amor
Que com neve se harmoniza.

Com sua boca mimosa
Solta voz harmoniosa
Que inspira ardente paixão,
Dos lábios de Querubim
Eu quisera ouvir um -sim-
P’ra alívio do coração!
Vem, ó anjo de candura,
Fazer a dita, a ventura
De minh’alma, sem vigor;
Donzela, vem dar-lhe alento,
“Dá-lhe um suspiro de amor!”

O barbudo Machado de Assis..por Dão Carvalho

Rapaz...! Me dá um orgulho danado falar nesse cara..sempre procuro falar com minha filha a respeito..diante de uma curiosidade minha e após discutir com alguns amigos sobre a origem, formação e obra do Machado de Assis, resolvi fazer uma pesquisa aprofundada sobre sua carreira. Com uma obra inenarrável, Machado de Assis é um dos escritores que apesar de ter deixado esse plano em 1908, a memória de sua obra perdura já por 1 século.
Segue abaixo a biografia do barbudo, que além de tantas obras deixadas a literatura brasileira presidiu o Academia Brasileira de Letras até sua morte.


Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentará o autodidata Machado de Assis.

De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco de sua infância e início da juventude. Criado no morro do Livramento, consta que ajudava a missa na igreja da Lampadosa. Com a morte do pai, em 1851, Maria Inês, à época morando em São Cristóvão, emprega-se como doceira num colégio do bairro, e Machadinho, como era chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio tem contato com professores e alunos e é até provável que assistisse às aulas nas ocasiões em que não estava trabalhando.

Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender. Consta que, em São Cristóvão, conheceu uma senhora francesa, proprietária de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de Francês. Contava, também, com a proteção da madrinha D. Maria José de Mendonça Barroso, viúva do Brigadeiro e Senador do Império Bento Barroso Pereira, proprietária da Quinta do Livramento, onde foram agregados seus pais.

Aos 16 anos, publica em 12-01-1855 seu primeiro trabalho literário, o poema "Ela", na revista Marmota Fluminense, de Francisco de Paula Brito. A Livraria Paula Brito acolhia novos talentos da época, tendo publicado o citado poema e feito de Machado de Assis seu colaborador efetivo.

Com 17 anos, consegue emprego como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional, e começa a escrever durante o tempo livre. Conhece o então diretor do órgão, Manuel Antônio de Almeida, autor de Memórias de um sargento de milícias, que se torna seu protetor.

Em 1858 volta à Livraria Paula Brito, como revisor e colaborador da Marmota, e ali integra-se à sociedade lítero-humorística Petalógica, fundada por Paula Brito. Lá constrói o seu círculo de amigos, do qual faziam parte Joaquim Manoel de Macedo, Manoel Antônio de Almeida, José de Alencar e Gonçalves Dias.

Começa a publicar obras românticas e, em 1859, era revisor e colaborava com o jornal Correio Mercantil. Em 1860, a convite de Quintino Bocaiúva, passa a fazer parte da redação do jornal Diário do Rio de Janeiro. Além desse, escrevia também para a revista O Espelho (como crítico teatral, inicialmente), A Semana Ilustrada(onde, além do nome, usava o pseudônimo de Dr. Semana) e Jornal das Famílias.

Seu primeiro livro foi impresso em 1861, com o título Queda que as mulheres têm para os tolos, onde aparece como tradutor. No ano de 1862 era censor teatral, cargo que não rendia qualquer remuneração, mas o possibilitava a ter acesso livre aos teatros. Nessa época, passa a colaborar em O Futuro, órgão sob a direção do irmão de sua futura esposa, Faustino Xavier de Novais.

Publica seu primeiro livro de poesias em 1864, sob o título de Crisálidas.

Em 1867, é nomeado ajudante do diretor de publicação do Diário Oficial.

Agosto de 1869 marca a data da morte de seu amigo Faustino Xavier de Novais, e, menos de três meses depois, em 12 de novembro de 1869, casa-se com Carolina Augusta Xavier de Novais.

Nessa época, o escritor era um típico homem de letras brasileiro bem sucedido, confortavelmente amparado por um cargo público e por um casamento feliz que durou 35 anos. D. Carolina, mulher culta, apresenta Machado aos clássicos portugueses e a vários autores da língua inglesa.

Sua união foi feliz, mas sem filhos. A morte de sua esposa, em 1904, é uma sentida perda, tendo o marido dedicado à falecida o soneto Carolina, que a celebrizou.

Seu primeiro romance, Ressurreição, foi publicado em 1872. Com a nomeação para o cargo de primeiro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, estabiliza-se na carreira burocrática que seria o seu principal meio de subsistência durante toda sua vida.

No O Globo de então (1874), jornal de Quintino Bocaiúva, começa a publicar em folhetins o romance A mão e a luva. Escreveu crônicas, contos, poesias e romances para as revistas O Cruzeiro, A Estação e Revista Brasileira.

Sua primeira peça teatral é encenada no Imperial Teatro Dom Pedro II em junho de 1880, escrita especialmente para a comemoração do tricentenário de Camões, em festividades programadas pelo Real Gabinete Português de Leitura.

Na Gazeta de Notícias, no período de 1881 a 1897, publica aquelas que foram consideradas suas melhores crônicas.

Em 1881, com a posse como ministro interino da Agricultura, Comércio Obras Públicas do poeta Pedro Luís Pereira de Sousa, Machado assume o cargo de oficial de gabinete.

Publica, nesse ano, um livro extremamente original , pouco convencional para o estilo da época: Memórias Póstumas de Brás Cubas -- que foi considerado, juntamente com O Mulato, de Aluísio de Azevedo, o marco do realismo na literatura brasileira.

Extraordinário contista, publica Papéis Avulsos em 1882, Histórias sem data (1884), Vária Histórias (1896), Páginas Recolhidas (1889), e Relíquias da casa velha (1906).

Torna-se diretor da Diretoria do Comércio no Ministério em que servia, no ano de 1889.

Grande amigo do escritor paraense José Veríssimo, que dirigia a Revista Brasileira, em sua redação promoviam reuniões os intelectuais que se identificaram com a idéia de Lúcio de Mendonça de criar uma Academia Brasileira de Letras. Machado desde o princípio apoiou a idéia e compareceu às reuniões preparatórias e, no dia 28 de janeiro de 1897, quando se instalou a Academia, foi eleito presidente da instituição, cargo que ocupou até sua morte, ocorrida no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1908. Sua oração fúnebre foi proferida pelo acadêmico Rui Barbosa.

É o fundador da cadeira nº. 23, e escolheu o nome de José de Alencar, seu grande amigo, para ser seu patrono.

Por sua importância, a Academia Brasileira de Letras passou a ser chamada de Casa de Machado de Assis.

Dizem os críticos que Machado era "urbano, aristocrata, cosmopolita, reservado e cínico, ignorou questões sociais como a independência do Brasil e a abolição da escravatura. Passou ao longe do nacionalismo, tendo ambientado suas histórias sempre no Rio, como se não houvesse outro lugar. ... A galeria de tipos e personagens que criou revela o autor como um mestre da observação psicológica. ... Sua obra divide-se em duas fases, uma romântica e outra parnasiano-realista, quando desenvolveu inconfundível estilo desiludido, sarcástico e amargo. O domínio da linguagem é sutil e o estilo é preciso, reticente. O humor pessimista e a complexidade do pensamento, além da desconfiança na razão (no seu sentido cartesiano e iluminista), fazem com que se afaste de seus contemporâneos."

BIBLIOGRAFIA:

Comédia

Desencantos, 1861.
Tu, só tu, puro amor, 1881.

Poesia

Crisálidas, 1864.
Falenas, 1870.
Americanas, 1875.
Poesias completas, 1901.

Romance

Ressurreição, 1872.
A mão e a luva, 1874.
Helena, 1876.
Iaiá Garcia, 1878.
Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881.
Quincas Borba, 1891.
Dom Casmurro, 1899.
Esaú Jacó, 1904.
Memorial de Aires, 1908.

Conto:

Contos Fluminenses,1870.
Histórias da meia-noite, 1873.
Papéis avulsos, 1882.
Histórias sem data, 1884.
Várias histórias, 1896.
Páginas recolhidas, 1899.
Relíquias de casa velha, 1906.

Teatro

Queda que as mulheres têm para os tolos, 1861
Desencantos, 1861
Hoje avental, amanhã luva, 1861.
O caminho da porta, 1862.
O protocolo, 1862.
Quase ministro, 1863.
Os deuses de casaca, 1865.
Tu, só tu, puro amor, 1881.

Algumas obras póstumas

Crítica, 1910.
Teatro coligido, 1910.
Outras relíquias, 1921.
Correspondência, 1932.
A semana, 1914/1937.
Páginas escolhidas, 1921.
Novas relíquias, 1932.
Crônicas, 1937.
Contos Fluminenses - 2º. volume, 1937.
Crítica literária, 1937.
Crítica teatral, 1937.
Histórias românticas, 1937.
Páginas esquecidas, 1939.
Casa velha, 1944.
Diálogos e reflexões de um relojoeiro, 1956.
Crônicas de Lélio, 1958.
Conto de escola, 2002.

Antologias

Obras completas (31 volumes), 1936.
Contos e crônicas, 1958.
Contos esparsos, 1966.
Contos: Uma Antologia (02 volumes), 1998

Em 1975, a Comissão Machado de Assis, instituída pelo Ministério da Educação e Cultura, organizou e publicou as Edições críticas de obras de Machado de Assis, em 15 volumes.

Seus trabalhos são constantemente republicados, em diversos idiomas, tendo ocorrido a adaptação de alguns textos para o cinema e a televisão.



quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Andar é o Caminho...por Emy Maruyama


Meu compromisso
é comigo
meus irmãos
de sangue ou não
Com Ele que me garante
um mundo melhor pros meus filhos
quero acompanhar cada suspiro
Ser ombro amigo.

O tempo me diz a cada dia
que faria oque prometeu...
mesmo na chuva!
Mas sem minha ajuda
nada feito
nada é perfeito!
Por que está sentada aí esperando??!
que um arrebol ofusque seus problemas?
Se poderia estar andando
no sol!..
sem truques.

Esperança é o que me resta
Mesmo se eu meter a testa na parede
por vezes e vezes...
Ela vai estar aqui
Pra mim continuar
Pra depois, quem sabe..
flutuar acima destas nuvens pretas
Então abre um sorriso
que nada se acaba
sem um pingo de Esperança
para alcançar o céu.

Abraçar os teus...


terça-feira, 28 de setembro de 2010

injustiça c/ baleias..por Dão Carvalho

Esse post com certeza estou fazendo por mim, pelo planeta, mas principalmente pela Olivia..minha filha que espera ainda um dia poder ver uma baleia saltando no oceano com seus próprios olhos..

Não posso me omitir e desejo que este artigo arrecade muitos colaboradores que comigo vão lutar contra esta barbárie. Recebi um email de Emy Maruyama, uma amiga, e quando me deparei com esta imagem me embrulhou o estômago:

Causou-me profunda revolta ver que um país "dito" culto e de primeiro mundo como a Dinamarca, comemore o rito de passagem de seus jovens para a vida adulta levando ao sofrimento e à morte animais tão indefesos como as baleias e os golfinhos. Como pode existir gente tão cruel? E eles consideram-se civilizados? Estão virando homens? Isto para mim é um retrocesso na cultura...

É uma extrema falta de respeito assistirmos em pleno século XXI, século este em que as lutas ecológicas e as tentativas de conscientização para a preservação de nosso ecossistema cresceram substancialmente, a ritos tão primitivos e que nos levam a ver que a humanidade não está em progresso e sim em retrocesso assistindo a isto calado.

Não me conformando, pesquisei mais fontes que me informassem desta barbárie. Visitando o blog do Alexandre, tomei conhecimento que as crianças são dispensadas das aulas escolares para assistirem e acharem bonito este rito de brutalidade e crueldade! Onde nós estamos? Como queremos viver em um mundo de paz se a todo momento assistimos cenas como estas? Chocantes! Estou indignado... Sinto vergonha de saber que "idiotas" como estes fazem parte da mesma civilização humana da qual eu também sou pertencente. Nos dois blogs encontrei um link que nos leva a assinar uma petição contra esta revoltante prática de chacina das baleias e golfinhos. Lá você poderá ter detalhes sobre este absurdo. Se você tem responsabilidade ecológica a dica é única: ASSINEM A PETIÇÃO! Vamos arrecadar assinaturas e tentar acabar de uma vez com esta tragédia ambiental... Clique no link abaixo para assinar: http://www.thepetitionsite.com

Astelavista!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Fernando Sabino

O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.
Fernando Sabino

A ciranda na nossa consciência...por Juh Rocha

Cavalo manco e homem cirandeiro
Tragam meu buquê do casamento
Olhem por meus filhos e meu carneiro
Não os deixem sós por nenhum momento

As figas que carrego no pescoço
Servem de amuleto para meu povo
Que a paz habite por essas tendas
E cure das dores que o acalenta

Homem bom é quele que agita
Traz pra roda amor e alegria
Simpatia na dança e no canto
Conquista o povo banto

Povo que trabalha e é dono de conquista
Ilumina esses passos e compartilha
As riquezas de nossa herança cultural
Um dia um escravo habitou esse local

quadrinhos


Siba e a fuloresta do samba

Vindo de uma família do agreste pernambucano, Siba Veloso começou a construir sua linha musical ainda menino, observando os ritmos rurais da Zona da Mata Norte do estado e as festas de rua dos subúrbios de Recife, onde nasceu. De volta as origens, depois de morar por sete anos em São Paulo fortalecendo-se como artista, formou o Siba e A Fuloresta para cantar maracatus, cirandas, coco de roda, cavalo marinho e mostrar isso para o resto do país e do mundo.

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— Meus familiares são de Lajinha do Garanhuns e o fato de ter crescido entre a cidade e o interior me deu o privilégio de formar uma grade musical bem variada. Quando comecei, nos anos de 1990, no Recife, estava acontecendo um momento de explosão cultural e musical muito forte por lá, e isso tem marcado profundamente meu trabalho até hoje, principalmente minha relação com a região da Zona da Mata, que é de onde vem boa parte do meu trabalho — explica Siba.

— Mudei-me para São Paulo, em 1996, com a minha primeira banda, a Mestre Ambrósio, porque depois que gravamos nosso primeiro disco, sentimos que para ampliar os horizontes de Recife e do Nordeste em geral, precisávamos ir para o Sudeste. Isso é uma realidade que até hoje se mantém, um pouco alterada, mas, ainda continua — acrescenta.

— E foi na capital paulista que se abriram as principais portas profissionais e relações que fazem de alguém um artista mundialmente reconhecido. Ela me trouxe muito enriquecimento pessoal e profissional. Mas acabei voltando para a minha terra e formando meu segundo grupo, A Fuloresta — continua.

A Fuloresta, conforme Siba, é composta por músicos sensacionais, que residem na cidade de Nazaré da Mata, que fica a 70 km do Recife.

— A Fuloresta é um grupo muito especial que só tem percussão, voz e metal. Uma reunião muito eclética, em que o mais novo tem vinte e poucos anos e o mais velho tem sessenta e poucos. E o que há de comum entre nós todos é esse gosto pela música específica daquele lugar, que procuramos articular de uma maneira que possamos nos comunicar em qualquer outro lugar do mundo, o que de fato temos conseguido fazer — conta.

O grupo é composto por uma orquestra de sopros, sendo João Minuto no saxofone, Roberto Manoel no trompete, Galego no trombone e Léo Gervásio na tuba. Na percussão estão Mané Roque, Cosmo Antônio e Mestre Nico.

Músicos do povo

— Eles não tiveram, digamos assim, uma educação musical formal e nem tão urbana como normalmente se espera, mas têm uma escola muito própria e muito intensa, que é a da música de rua. Nós nos reunimos há muito mais tempo do que temos de formação, que são oito anos, porque sempre convivemos no ambiente das festas de rua da Mata Norte — explica Siba Veloso.

— São artistas que mantém uma relação bem orgânica com a música, que é um caminho por onde ela flui naturalmente e com muita intensidade. Creio que tenho um privilégio muito grande de ter um grupo assim me acompanhando — continua.

Segundo Siba, onome 'Fuloresta' não tem um motivo exato, trata-se de uma brincadeira com a palavra floresta.

— É uma maneira, digamos assim, mais simples de dizer floresta, mais matuta mesmo. Juntamos isso com o fato da nossa região se chamar Zona da Mata, e ironicamente não se vê mas mata por lá, já que tudo foi transformado em cana-de-açúcar. Enfim, pegamos a floresta que não existe, juntamos com a forma do matuto falar e deu nisso — revela.

— Também nosso primeiro disco, Fuloresta do samba, nada tem a ver com o gênero samba, como muitos de fora podem pensar. Para nós, pernambucanos, a palavra samba diz respeito a todo tipo de festa de rua com música, seja a ciranda, o cavalo marinho, o coco, o maracatu. Enfim, é o encontro e a festividade na rua com música, com poesia e com dança, e tudo mais que fazem parte dos nossos folguedos — explica.

Siba diz que a vida em São Paulo e viagens pelo mundo o influenciou de alguma forma suas músicas, mas não alterou a essência.

— As viagens ajudam de alguma forma a modificar uma pessoa, que acaba carregando um pouco de cada lugar consigo. É claro que também trouxe isso comigo de volta a Pernambuco, se somando ao conhecimento que já tinha — expõe.

— Penso que essa experiência de viagem e estranhamento com o outro acaba nos dando a capacidade de estranhar a nós mesmos, e isso sempre é bom. É saudável poder olhar o nosso lugar e o estranhar um pouco, olhando como se fosse de fora. E isso está presente na nossa música também. Mas nosso principal ambiente continua a ser as festas de rua. Viemos delas e procuramos não perder esse vínculo — afirma.

— Constantemente estamos presentes nas manifestações que acontecem na nossa região, as vezes como grupo, e outras individualmente, por exemplo, fazendo parte de um grupo de cavalo marinho, maracatu de baque solto. E essa coisa de rua é fundamental para o que fazemos no palco, é a base do nosso trabalho, a escola, a referência, a âncora que não podemos perder, senão o barco afunda — continua.

O trabalho do grupo é baseado em um processo autoral de Siba, em que as letras, as músicas e os arranjos são seus.

— Gostamos de montar um repertório próprio, ser autor do que cantamos. Isso é bem fundamental para nós. E a partir de um processo autoral individual, tentamos fazer um trabalho coletivo na hora dos arranjos finais, do jeito de tocar e de apresentar isso para as pessoas. Nesses oito anos de estrada, temos tocado em um bom pedaço de Brasil, especialmente em São Paulo, que considero minha segunda casa — fala com carinho.

— Tocamos pelo Nordeste inteiro, pelo Sul e parte do Sudeste. Nosso segundo disco, Toda vez que eu dou um passo o mundo sai do lugar, foi lançado por um selo francês também, o que nos proporcionou turnês na Europa todos os anos, além de outras partes do mundo — finaliza Siba, acrescentando que está preparando um novo disco, que deverá ser lançado no final deste ano ou começo do próximo.

A chacina do "fecha nunca"!..por Dão Carvalho

Quanto mais o tempo passa, mais vivemos num mundo de ipaciências e intolerâncias..as pessoas não medem mais a febre, e vão logo atirando...Amam as coisas, gostam das pessoas, invertem valores achando estar certo o tempo todo..Hê humanos,.não aprendem nada mesmo. Essa "treta" rolou num boteco na rua de cima de casa..O "fecha nunca"..quem não conhece o bar, diria ser mera fatalidade, Já eu diria ser o antro dos viciados das adjacencias..se esse bar não for fechado, mais pessoas morrerão!

O crime aconteceu por volta das 2h30 em um bar, de nome Bar do Fecha Nunca, localizado na rua Severino Suzano, na altura do número 12.000 da Avenida Sapopemba, no Jardim Sapopemba.A PM (Polícia Militar) e o Corpo de Bombeiros foram chamados ao local. Duas das vítimas feridas foram encaminhadas à emergência do Hospital Sapopemba, enquanto os demais foram levados a outros hospitais da região.

As circunstâncias do crime e a autoria ainda estão sendo investigadas. Ninguém foi preso no local da chacina.

O caso foi apresentado no 69º Distrito Policial, de Teotônio Vilela.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Brasil..por Laercio Costa

Essa é a história de Carlos Amante Brasil, Uma criança que teve um final infeliz.

Brasil, como era chamado,era uma criança infeliz.
Seu pai era um viciado e sua mãe meretriz. Não teve infância,
Nem sorte também. não ia á escola, não era ninguém.
Aos dez anos de idade ficou órfão de pai e mãe.
Com dezoito já era chefe do tráfico com a arma na mão,
Adrenalina ia a mil, o seu primeiro brinquedo foi um lindo fuzil.
Brasil era mas um menino pobre que o mundo esqueceu,
Mas ele era feliz no naquilo que esconheu. O tráfico era seu mundo,
dinheiro droga e munher ele achava o maior barato,
mas vivia assustado, na favela onde mandava era respeitado.
Lá no alto da favela, jovéns subiam á procura dos seus,
minutos de prazer. Brasil não temia seus rivais e nem a justiça,
metia bala nos bandidos e na p´rópria policia. Mas ele não contava
com a ganância e nem a traição, os seus próprios comparsas,
queriam lhe passar a mão. Ele andava sempre armado não gostava,
de confusão, o seu negocio era as drogas que ele tinha de montão.
Certo dia o inesperado aconteceu e não foi o acaso não,
Ele levou cinco tiros e caiu morto no chão. Brasil mais um filho,
sem pai e sem mãe, morto pelo seu próprio fuzil

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Rodrigo...por Biofa

Na corrida para o vestibular ele era mais um entre milhões... sua trajetória é que o diferenciava de alguns desses milhões, não sendo ela a única também...

Rodrigo tinha 22 anos quando termino o ensino médio e nem pensava em Faculdade, dizia ele: ae mano, Faculdade é coisa de boy, vo é procurara um trampo fmza e já era! Só que no mesmo ano ele foi em uma festa gratuita na faculdade mais badalada de São Paulo e se encanto com o que viu, várias minas da hora, maconha a vontade e uma goma pra morar sem pagar nada, ele penso: mano, minha cara é entrar nessa porra!

No ano seguinte, ingresso em um pré-vestibular gratuito dentro dessa mesma Universidade e começou a estudar pra concorrer a vaga no curso de Ciências Sociais. Ao mesmo tempo, começou a fazer amizades com os boys da faculdade, esses, curtiam ter amizade com a galera da periferia, (era “cult” ter amigo da favela) ainda mais que Rodrigo sempre descolava os 3x1 que a plaiboyzada adoravam. Ralava mas as matérias de exatas fodiam com ele, foi assim o ano todo, conseguia levar bem as matérias de humanas mas as de exatas era uma tristeza só. Chego a época da prova, coração na mão, esperança a mil... 43 pontos, a nota de corte era 51! foi na trave. Nos outros três anos a história se repetiram, ralava, ralava de estudar mas nunca chegava na nota de corte, no quinto ano ele conseguiu ir pra segunda fase da prova, fez os 53 pontos necessários e já se imaginava dentro.

Todos seus conhecidos e familiares já imaginavam Rodrigo dentro da Universidade, sua mãe chego até organizar um churrasco pra comemorar a novidade. após o fim das provas, ficaram todo mundo no aguardo da nota, esse tempo que passo esperando foi foda. Dia do resultado, tensão a mil, coração na mão, esperança latente... seu nome não apareceu nem na lista de espera...

Hoje ele trampa de gerente de um lava-rápido e não quer nem saber de estudos, se injurio com o tempo perdido com essa porra , diz ele...

Lia de Itamaracá (cirandeira)- Patrimônio Vivo de Pernambuco


Nascida em 1944, Maria Madalena Correa do Nascimento ficou conhecida como Lia de Itamaracá nos anos 60, quando a cantora e compositora Teca Calazans registrou a quadra: \"Esta ciranda quem me deu foi Lia/ que mora na Ilha de Itamaracá\". Presente em rodas de cirandas desde os 12 anos, Lia foi a única de 22 filhas a se dedicar à música. Sua importância é tamanha que ela carrega o título de \"Dama da Ciranda\".

Lia canta e compõe desde a infância, mas somente em 1977 gravou seu primeiro disco, o LP A Rainha da Ciranda. Por 20 anos, as apresentações da cirandeira ficaram restritas aos moradores e turistas da Ilha de Itamaracá, onde vive e trabalha até hoje. Em 1998, foi convidada a para o Abril Pro Rock, divulgando nacionalmente seu vasto repertório de coco de raiz, loas de maracatu e, claro, cirandas.

A partir daí, Lia conseguiu prestígio suficiente para gravar seu segundo disco, Eu sou Lia, lançado em 2000 pela Ciranda Records. O álbum reúne canções arranjadas com tarol, surdo e instrumentos de sopro mesclados com ritmos populares. O sucesso do disco foi tal que acabou ganhando o selo de world music, sendo distribuído em países como França e Estados Unidos. A imprensa internacional chegou a classificar sua música como \"trance music\", referindo-se ao \"transe\" que causa no público. O jornal norte-americano The New York Times denominou-a de \"Diva da música negra\".

No meio artístico nacional, Lia tornou-se um referencial da cultura popular, tendo seu nome citado em composições de Lenine e Otto. Em 2000, chegou a gravar uma faixa com o grupo Nação Zumbi para o álbum Rádio Samba.

Em 2004, com a ajuda de amigos que fez no País Basco, Lia comprou o espaço onde atualmente funciona o Centro Cultural Estrela de Lia (CCEL), na Praia de Jaguaribe, no município de Itamaracá. Desde de 2005, ela carrega o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Contato: (81) 9657-5167/ 9233–6081.

Uma voltinha no circo...por Emy Maruyama

Ele que nem se ofende com a gritaria:

Palhaço!

Palhaço!!!

da criançada...

Acho que são essas as gargalhadas que queria pro seu espetáculo

-Sim- sonhava desde sempre

com esses curtos espaços de tempo compartilhar alegrias

Difícil era tirar o vermelho do nariz para voltar à "realidade"

Não gostava de imaginar que lá fora..

-assim!..- sem vontade...esses pequenos chorassem

de cada rosto a saudade e o carinho

Rir com gostosura...

Essa é a fortuna do

palhaçooooo!

O circo e a vida

são vivos como as idas e voltas que dão

A malabarista

pode se espatifar no chão

Mas isso nao acontece

escolheu um caminho estreito...

Se estabelece com firmeza

pelos treinos..

pode dar giros!

cultivou sua natureza.

Euclides da Cunha

Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu em Cantagalo (RJ), no dia 20 de janeiro de 1866. Foi escritor, professor, sociólogo, repórter jornalístico e engenheiro, tendo se tornado famoso internacionalmente por sua obra-prima, “Os Sertões”, que retrata a Guerra dos Canudos.
Morreu no dia 15 de agosto de 1909, depois de uma troca de tiros com o aspirante Dinorá e seu irmão, o cadete Dilermando de Assis. Em 1916, o segundo-tenente Dilermando de Assis, que havia sido absolvido da morte do biografado (legítima defesa), mata em um cartório de órfãos no centro do Rio, o aspirante naval Euclides da Cunha Filho, o Quidinho, que tentou vingar a morte do pai. Dilermando é novamente absolvido, pelo mesmo veredicto.

Bibliografia:

1902 - Os Sertões
1907 - Contrastes e Confrontos
1907 - Peru versos Bolívia
1909 - À margem da história (póstumo)
1939 - Canudos (diário de uma expedição) (póstumo) — Reeditado em 1967, sob o título Canudos e inéditos.
1960 – O rio Purus (póstumo)
1966 – Obra completa (póstumo)
1975 – Caderneta de campo (póstumo)
1976 – Um paraíso perdido (póstumo)
1992 – Canudos e outros temas (póstumo)
1997 – Correspondência de Euclides da Cunha (póstumo)
2000 – Diário de uma expedição (póstumo)

“Os sertões” foi publicado nos seguintes idiomas: alemão, chinês, francês, inglês, dinamarquês, espanhol, holandês, italiano e sueco.

Fonte: © 1996 PROJETO RELEITURAS/Arnaldo Nogueira Júnior

Disfarce Perfeito...por Juh Rocha



Caxias era prendado demais para voar
Perfeito demais para se deixar provocar
Se escondia dentro de um mundo encantado
Com medo de um dia ser acordado

Seu olhar inocente guardava segredos
E segredos são guardados com cadeados
Dourados com chaves de diamantes
Um dia descobriram que Caxias tinha amantes

O anjo foi apedrejado e criticado
Coitado do Caxias, se arrependeu por um dia ter amado
Amou tanto que decidiu provar o doce de outras bocas
Pois é... Caxias acabou enganando outras moças

Maria, a esposa, teve seus pulsos cortados
Decidiu tirar sua vida no dia dos namorados
Caxias soluçando de tanto chorar
Resolveu ir embora e nunca mais voltar

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Quem sou eu...por Laercio Costa

Conheci Laercio Costa através de email..um jovem de 51 anos, nasceu em Olinda mas atualmente mora em Recife.., de familia pobre estudou em escola pública e gosta de escrever contos e poesias. Na verdade um leitor do nosso blog que a partir de agora passa a ser um colaborador, e mais, um correspondente do enafaltadoquefalar.blogspot.com no nordeste do Brasil. Laercio, nêgo véio, seja bem vindo ao mundo da verdade, bem vindo à literatura marginal!


Quem sou eu


Sou amante sou amado
Sou poeta apaixônado
Sou filho do divino
Sou criança sou menino,

Sou finho da gestação
Sou finho sou irmão
Sou um pobre sonhador
Com o meu sonho de doutor,

Sou magrelo sou franzino
Sou criança sou menino
Sou criança sou levado
Sou um pobre abodonado,

Sou muleque infeliz
Sou finho de meretriz,

A rua é a minha escola
Foi com ela que prendi
Não conheço meus pais
Não sei onde nasci.

Sou do mundo, sou sofredor
Afinal quem eu sou?

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Aninha...por Dão Carvalho

Aninha,..Minha querida! Passei aqui, pela sua caixa de e-mail para saber se estava bem, mas nada,..não a encontrei. Encontrei apenas algumas centenas de megas que somados viravam gigas. E quantos! Pra não parecer que estava acelerando, achei melhor não ligar no VP, se tivesse seu telefone pessoal talvez ligasse pra você. Levantei-me pela ponta dos pés, estiquei meu pescoço em sua procura, o que me levou a um forte esbarrão com um tal de BIT’s. Era velho, cansado, perguntei por você, mas dizia estar com a memória fraca, obsoleta, não sabia de quem estava falando, eu disse ser a dona dessa joça,...pensou por alguns minutos, mas em seguida pediu que perguntasse aos megas. Tomei a liberdade, e já que estava aqui mesmo, daria mais algumas voltas para ver se te achava. Visualizei algumas mensagens na caixa de entrada, não queria invadir sua privacidade, logo não dei muita atenção. Mesmo que quisesse, estavam codificadas. Encontrei agora um grupinho de megas que olhavam pra mim como se dissessem: - O que fazes aqui? Uniam-se todos a fim de organizar nova mensagem que chegava. Pô,..Mas só queria saber como estava! Parei um deles com a mão no ombro, primeiro olhou para minha mão em si, depois, fixou seu olhar ao meu com cara de estranheza, foi hostil. Mais uma vez perguntei por você. Seria assim tão difícil de encontrá-la? Só queria saber como estava! Esse tal mega mal humorado perguntou-me porque razão, não fazia como todos, não redigia uma mensagem? Achei-o petulante, mal criado, e em resposta lhe perguntei se era pago para tal mau criação. Disse que não, mas que tinha muito trabalho a ser feito e não podia me dar atenção. Disse também, que não podia dar informações sobre o titular da conta sem previa autorização. Que vacilão! Num sô bandido não! Nessa hora levei um choque de 220 voltz e cai no chão, recuperei minhas energias e me levantei de forma atrapalhada, pô, só queria saber como estava! Num grito de revolta disse que não ficaria assim não! Mandei todos a merda, dizia que voltaria, que todos eles não me conheciam, e que me vingaria ou meu nome não era Dão! Dessa vez levei a pior, eles eram muitos, e após me recompor resolvi deixar a seguinte mensagem:

- Aninha,..desculpe pela bagunça em seu e-mail, pela arruaça! Não fica brava comigo não, não queria causar tal confusão, Entrei em sua caixa de entrada, tomei mó piau de graça, e só queria saber como estava!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Festival de musica popular brasileira em São Matheus

Estão aberta as inscrições de 03 de julho até 31 de agosto para o São Mateus Festival – 1º Festival de Música Popular Brasileira, iniciativa de uma agência de produções artísticas de São Mateus e apoio da Subprefeitura.

O Festival acontecerá nos dias 11 e 12 de setembro no CEU São Rafael localizado na Rua Cinira Polônio, 21.500 – Jd.Promorar Rio Claro e dia 19 no CEU São Mateus localizado na Rua Curumatim, 201 – Pq.Boa Esperança das 14:00 às 18:00h.

No dia 25 de setembro os vencedores do Festival se apresentarão no 62º Aniversário de São Mateus que acontecerá na Praça Felisberto Fernandes da Silva – Coração de São Mateus em frente ao terminal de ônibus.

Poderão se inscrever somente artistas que residam na região de São Mateus que buscam uma oportunidade de mostrarem seu talento.

Os interessados deverão enviar:

• Release (histórico do grupo)
• 02 fotos
• 02 músicas em mp3 com suas respectivas letras
• Estilo musical
• Nome e contatos do responsável pela banda
• Ficha técnica

Enviar todos os materiais artísticos para o e-mail: contato@luartproducoes.com.br e www.luartproducoes.com.br ou para o endereço Rua Solange da Pureza Santos Lemos, 298 – CEP 08381-780 São Paulo / SP.

Dúvidas através dos fones: (11)2626-7696 / 9230-1274.

novas caras,.miss Lauryn Hill..por Fabiane Oliveira

Ela tentou, trabalhou, economizou, trabalhou mais ainda, até salgadinho para fora ajudou dona Luzia a fazer, mas não conseguiu. Sua tristeza durou até a chegada de seu príncipe negro, que também tentou, trabalhou, se pintou e pintou, vendeu o cavalo branco, e finalmente conseguiu.

Felizes, animados, com seus ingressos em mãos, seria o primeiro show internacional de suas vidas.

- Vamo cola chique e tal, comprar uns panos a prazo, improvisar os buracos do buti e fingir que é moderno, e colar na casa de show, no pico dos boy, momentos depois da abertura dos portões...

Fingir que não saíram de casa três horas antes, que não levaram um lanchão na bolsa para comer no meio do caminho para não sentirem fome ate a hora de voltar, e fingir que não fizeram duas baldeações e pegaram todos os tipos de transportes terrestres que a selva de pedra lhes oferece.

Feito, chegaram de cara com o prédio chique do show, se misturaram a galera descolada, os seguranças nem embaçaram.

- É isso ai pretinha, ó nóis pagando de pá, invadindo o espaço e trazendo o gueto para o show da miss.

- sim é uma preta no palco com dois pretos na platéia, miss Lauryn ficaria orgulhosa se soubesse como foi para chegarmos aqui, mas vale a pena, né não.

A postos no show, lugar bom para enxergar melhor e tirar fotos com a maquina coletiva da rapaziada da quebrada, amanhã serão só os registros chegando por e-mail...

Beleza, ela ia entrar a duas horas atrás, pega nada, ainda da pra gente pegar o busão se ela terminar o show até umas meia noite..

Aí..aí...ó ela entrando, se liga...uhuuuuuu......fiuuuuuuuuuuuuu(assoviu)

- Vai começar, tomara que cante umas do fugges

- E Bob também

...

Ai caraiu que rock da porra é esse que a banda ta tocando? E ela, que pegada é essa?

Canta ai miss, canta.

Ó uma rima nova, deve ser do próximo álbum..... não, é zion, ai caramba é zion, assim? Que barulhera da porra, olha tem até uns boys pulando que nem no show dos brancos cabeludos, ixi...

Ah acho que é só essa musica, deve estar naquela vibe de experimentar outras versões da sua própria musica.

Uma musica passou, a outra foi e varias vieram e o rock and roll continuou.

Mano ela incorporou a Tina Tuner...

Domenica e Jonatan não entenderam nada, ficaram até o final do show, e só reconheceram as musicas no refrão, que era seguido de solos de guitarras e taclados, e o dj, nem dava para saber se estava lá.

Saíram da casa de show a uma da matina, se encostaram no ponto do ônibus e dormiram ate as quatro da manhã, quando passou o primeiro ônibus para o metrô, chegaram em casa as sete, Domenica deu um pelé no trampo e cochilou em cima da maquina que estava no bolso e quebrou o visor, preju pra quebrada. E Jonatan que já não tinha mais seu cavalo branco, encarou a mochila cheia de tintas e sprays no busão lotado das oito e agora em seu mp3 só ouve calipso e nem ele nem Domenica pensam mais em show internacional ou em miss Lauryn Hill.

Agora o próximo show dos dois é calcinha preta no Expresso Brasil.

Artistas de rua..

Edson Pit

Boneco Mágico

Não é macumba, é criatividade

Pit é um bonequinho mágico feito de papel que atende as vontades do seu dono, aqui em São Paulo eu conheço esse bonequinho por "Carlito". Ele estica as perninhas, levanta os braços, saltita e roda. “Não é macumba não, hein!”, adianta o mágico que também balança as mãos para o público pra demonstrar que não manipula com cordinha ou barbante.

O artista que leva a brincadeira pelas ruas do Centro do Rio de Janeiro é Edson de Souza, que trabalha há mais de um ano e entretém a platéia de curiosos nas ruas e em programas de televisão, como Domingão do Faustão e Mais Você, com Ana Maria Braga.

Edson Pit (falecido)

Vídeo 1
Vídeo 2

Black Prince

O músico das panelas de aço

Steel Pan, um jeito diferente de fazer música

Quem passa pelo centro e ouve ao fundo o som de percussão de Black Prince se surpreende com a habilidade e inovação do artista. Nada convencional, o instrumento é formado por duas panelas de aço adaptadas, conhecido como ‘Steel Pan’, construído pelo próprio Prince, de 60 anos.

Cada ponto das panelas corresponde a uma nota musical, Dó é o centro da panela esquerda, Mi é o centro da direita, e assim compõe todo o repertório, que vai desde Asa Branca de Gonzaguinha até Brasileirinho, além de internacionais e músicas próprias. Vindo da Guiana Inglesa e morando no Brasil há quatro anos, Black Prince sempre trabalhou com música e já foi convidado no Domingão do Faustão.

Vídeo 2

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

RePeTéCo - Ferias d'scola..por Dao Carvalho

Dei um nó no saquinho do gelinho..estourei..olhei pro céu como um monitor de voô..
O araújo flutuava lentamente num vento pós chuva..de certo, o vento tinha estourado a linha - que fosse dez..que fosse corrente - e o pipa já não tinha mais dono..coloquei a lata de azeite com dois carretéis dos grande encaixada embaixo do suvaco dando início a corrida..o vento levava o pipa em direção ao morro, pra trás do campo. Corri em direção ao campo e agora o araujo amarelo de orelhinhas roxas flutuava como se desse sinal de aterrizagem...a correia do meu havaiana's estourou..ranquei as chinelas dos pés e os coloquei nos antebraços por entre a borracha..esbaforido gritei.. -ninguem cóla hein...o baguio tá na mão! os moleques rodeavam o campo levantando poeira, levantando um talco vermelho que só os campos de várzea tem..gritavam o mesmo que eu..Enquanto gritavam pude ver a uns dez metros da roda a linha que arrastava pelo chão..me desloquei do centro em direção da linha..agarrei..puxei..Celinho grudou a rabiola dizendo...- Tá na mão!..Eu ja puxara a linha sinalizando a todos que havia sido mais rápido..
-Caraio Quincas..joga na mão pra mim soltá? - disse Celinho
-Não! comentei rispidamente com um sorrizinho no canto da boca já desembaraçando a rabiola da linha..
O Gordinho veio correndo dizendo..
- É pra coleção Quincas?
Sorri..tirei 2 cruzeiros do bolso da bermuda dizendo pro Gordinho..
-Busca dois gelinho na dona Dita...o meu é de goiaba hein!

OS GEMEOS..e a arte das ruas!


Os Gêmeos são uma dupla de irmãos gêmeos idênticos grafiteiros de São Paulo, nascidos em 1974, cujos nomes reais são Otávio e Gustavo Pandolfo. Formados em desenho de comunicação pela Escola Técnica Estadual Carlos da Campos, começaram a pintar grafites em 1987 no bairro em que cresceram, o Cambuci, e gradualmente tornaram-se uma das influências mais importantes na cena paulistana, ajudando a definir um estilo brasileiro de grafite.

Os trabalhos da dupla estão presentes em diferentes cidades dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Cuba, entre outros países. Os temas vão de retratos de família à crítica social e política; o estilo formou-se tanto pelo hip hop tradicional como pela pichação.

Em 22 de maio de 2008, executaram a pintura da fachada da Tate Modern, de Londres, para a exposição Street Art, juntamente com o grafiteiro brasileiro Nunca, o grupo Faile, de Nova York; JR, de Paris; Blu, da Itália; e Sixeart, de Barcelona.


“De tanto ver crescer a INJUSTIÇA, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos MAUS, o homem chega a RIR-SE da honra, DESANIMAR-SE de justiça e TER VERGONHA de ser honesto”

Medo..por Peu Ramos (Para um amigo)

Arrastando maravilhas e desgraças
Por onde eu passo ela simplesmente não passa
Sobre pontes e ruas de asfalto
A vida se desfaz e refaz o espetáculo
Mórbido, Sólido e Fragmentado

Todos os dias eu sonho acordado
A narrativa do que é a vida ninguém dúvida
Dinheiro, Alegria, Solidão, Doenças e Paixões
Colocam em nossa frente o espelho...

Não se engane, irmão!
Nada aqui é ilusão, amanhã é outro dia,
Você vai acordar, ou não?

Dissimulando todo e qualquer tipo de emoção...
Onde foi parar a coragem?
Será o fim da minha humanidade?!

Trabalho, estudo, miséria, falsidade e crueldade
Tudo que quiser pode encontrar na cidade
Lixo e ouro não mudam a realidade
Acordar ao amanhecer e sentir o dia pela metade


Repetir o cronograma e encarar com responsabilidade
O que podemos fazer para mudar?
A minha, a sua, a nossa realidade!
É o poder que não temos...

É tudo que sonhamos em fazer e esquecemos
É o olho chorando cansado, carregado...
Tentando compreender o que esta no coração
Este universo de sensações

De todos os sentimentos,
Hoje eu sinto mais raiva do que medo
E mesmo sem entender,
todos os dias eu me mato
Pra não morrer.